[FanFic] Black ★ Rock Shooter - The Blaze of Hope

Após um incidente misterioso, o mundo distorceu-se, e surgiram criaturas robóticas que exterminaram boa parte da humanidade. Uma chama de esperança ainda está acesa, e seu nome é Black Rock Shooter. Mas qual é a importância desta garota dos olhos azuis em meio a esse apocalipse? Ela, acompanhada com um garoto de nome Willis, enfrentará vários perigos neste novo mundo que se formou em meio ao caos.



Capítulo 1 – Mundo ★ Xadrez

                Silêncio. Era um local deserto. O chão era todo quadriculado, como um tabuleiro de xadrez. Haviam alguns prédios destruídos, formando uma espécie de cidade fantasma. Aproximando-se mais, notava-se um garoto fugindo de monstros robóticos que pareciam dinossauros. O garoto era um adolescente de cabelos prateados, vestia uma jaqueta verde, uma camisa preta por dentro, uma calça jeans e tênis marrons.

— Droga! Como eu fui cair numa enrascada dessas? — Pergunta-se o garoto.

O jovem continuou a correr até que achou um pedaço de ferro retangular em pé que pôde servir de esconderijo para ele. Os dinossauros passaram correndo pela rua, sem notar para onde foi o garoto.

— Ufa! Consegui escapar deles. — O adolescente suspira aliviado.

                Ao olhar para o lado, já com a guarda baixa, dá de cara com os robôs que estavam perseguindo ele.

— Droga! Esqueci que eles achavam seus alvos através de sensores, e não dos olhos! — O garoto se desespera.

                Tudo parecia estar perdido. Entretanto, um clarão azul ofusca a visão do jovem e, ao término do mesmo, os dinossauros haviam sido pulverizados. Em cima de um prédio era visível a silhueta de uma garota. Ela vestia um biquíni, um sobretudo, uma bermuda curta, luvas e botas, todas pretas. Não era muito alto, tinha uma pele pálida, olhos incrivelmente azuis e cabelos pretos presos de maneira equidistante dos dois lados da cabeça, porém por algum motivo eram de comprimentos diferentes (o direito era maior que o esquerdo). Era visível também um grande canhão em seu braço esquerdo soltando fumaça de seu cano, por onde provavelmente teria saído o tiro que destruiu os inimigos.

                O canhão se desfaz, tornando-se chamas azuis. A garota salta do prédio e o garoto continua com a mesma expressão de espanto.

— Você está bem? — Pergunta a menina misteriosa, sem alterar a expressão de seu rosto.

— S-Sim... — O garoto gagueja, com tantos sentimentos que vinham a ele ao mesmo tempo. Felicidade, medo, surpresa, tudo...

— Qual é seu nome? — Pergunta a guerreira de sobretudo.

— Meu nome é Willis. E o seu?

— Meu nome... É Black Rock Shooter...

                Willis repara que os olhos da garota que ele acabou de encontrar passavam uma sensação totalmente anormal. Parecia um olhar vazio, mas ao mesmo tempo inocente.

— Fico tão feliz por encontrar alguém. — Diz o garoto.

— Por quê? – Pergunta a garota, curvando a cabeça para um dos lados, demonstrando curiosidade.

— Como assim? Você não sabe? — Estranha o jovem.

— Não... Não tenho muitas memórias... Não sei nem de onde vim, nem pra onde vou... Nada...

— Bem... Certo dia, por algum motivo, o mundo ficou xadrez desse jeito, surgiram lâminas do chão, correntes e várias outras coisas sinistras. Como se já não bastasse, monstros robóticos apareceram e começaram a matar as pessoas. Mataram minha família, meus amigos, todos... O mundo se tornou um caos. Eu consegui sobreviver, mas não sei até quando... Porém eu vejo que você consegue ser mais forte do que eles. O que é esta arma?

— Ah, é o Rock Cannon. — Ao terminar sua frase, chamas azuis envolvem o braço de Black Rock Shooter e materializam o canhão. — Eu nem lembro como o consegui, mas sei que também tenho a Black Blade. — Da mesma forma que a outra arma, ao pronunciar o nome, chamas formam uma espada negra em sua outra mão.

— Caramba... Se ao menos eu tivesse uma arma dessas... Quem sabe eu não sobreviveria mais... E talvez até mesmo destruiria todos os monstros... — Diz Willis, olhando para baixo, meio triste.

                O céu, também xadrez, começa a escurecer. Nuvens pareciam anunciar a chegada de uma chuva. Rapidamente, as gotas começam a cair.

— Vamos procurar um abrigo. — Diz Willis, olhando para cima.

— Ok. — Responde a garota.

                Os dois correm, e acham uma espécie de caverna feita com destroços que caíram dos prédios próximos.

— Ufa. Que sorte a nossa. — Diz Willis, sentando no canto do local, aliviado.

— Por quê? – Pergunta a garota, inclinando sua cabeça ligeiramente, com seu tradicional olhar inocente.

— Os robôs não atacam em dias de chuva. Geralmente não acho nenhum nesses horários. — Responde o garoto.

                Willis observa Black Rock Shooter, sentada, olhando para a chuva, com um olhar meio triste, como se estivesse preocupada com algo.

— Tem algo te incomodando? — Pergunta Willis.

— É que eu não sei o que aconteceu... Não me lembro direito de quem eu sou... Minhas memórias estão vagas... Não sei o que são esses monstros, não me lembro de como ganhei essas armas... Sinto que eu tenho um objetivo... Mas qual era mesmo?

— Bem, uma hora você vai acabar se lembrando, não é? — Diz Willis, sorrindo.

— Uhum. – Black Rock Shooter olha para Willis com uma expressão de alívio.

— Ah, já que Black Rock Shooter é um nome muito comprido, eu posso te chamar de outra maneira? Que tal... Rock?

— Por mim tudo bem. — Rock dá um sorriso tímido, mas de uma maneira radiante, que surpreende os olhos de Willis.

                Em um local mais distante, numa espécie de castelo, uma pessoa desconhecida conversa consigo mesma.

— Então Black Rock Shooter despertou. Veremos no que isso vai dar.